segunda-feira, 17 de outubro de 2022

 Mordo Mia — A Serventia da Casa

Lúcia J. Francisco


“(...) e partilhou este poema comigo, que vai estar no próximo disco. Escreveu-o depois daquele tarado me ter apalpado o rabo à saída do metro. 


Piropos

Mas quem é que não gosta de um bom elogio? 

Aquele suspiro malandro e inaudito atrás da orelha — o agradável baloiço lobular. 

Tormenta irresistível dum qualquer vento desdentado. Que arrepio! 

Qual ASMR qual carapuça.                                            

Passe passe menina, passe




Nem fanfic nem diário. Nem revista nem livro de artista. É o delírio prolongado de uma jovem fanática pela banda lisboeta. Trata-se de um pequeno fio de navalha, em que, dum lado, habita a produção poética, prosaica e gráfica do líder dos Mordo Mia, e do outro, a vertiginosa fantasia da autora, com textos, posters e imagens inéditas do grupo, bem como trocas de correspondência, dissecações literárias e reflexões sobre as ideias de idolatria, narcisismo e pertença social.



Lúcia J. Francisco é uma autora emergente, licenciada em Línguas, Literaturas e Culturas, que publica agora a sua primeira obra, “Mordo Mia — A Serventia da Casa”, enquanto termina o seu mestrado em Mitos Contemporâneos. 


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  A Greta . Ainda não fui lá, embora nem seja longe de onde moro.