(Exercício
6. Faça um título e coloque a pontuação:)
Cada
um no seu lugar
Vitor
Bento, economista e membro do conselho de estado nomeado por Cavaco Silva,
disse à renascença: “Se ninguém quiser casar com ninguém, o partido mais votado
terá oportunidade de formar governo minoritário. Há muita gente que para aí diz
que o presidente se deve recusar a dar posse a um governo minoritário - obviamente que isso não faz sentido nenhum.”.
Há
uma norma fundamental não escrita, mas que é aceite pelos líderes partidários,
que é a de “não bitaitar” sobre cenários a vir. Não é nenhuma lei moral, é só
conselho prudente: não se deve comprometer o futuro com “frases de arrepender”.
Como Vitor Bento não é líder de partido, não está obrigado à norma, mas como é
conselheiro de estado está obrigado a perceber a lógica da coisa. Isto é, não
pode aceitar falar sobre hipóteses catastróficas. Pode haver um governo
minoritário? Pois pode. Como pode, em hipótese absurda, o presidente ficar tão
irresponsável para, sei lá, incitar para que haja um governo sozinho do partido
mais votado (apesar de minoritário) e, no entanto, um conselheiro, sobretudo
economista, não pode epilogar sobre essas alternativas parvas se lhe
perguntarem sobre um governo minoritário. Um conselheiro só pode responder: “Quem
ganhar, quem quer que seja, tem a obrigação de propor um governo alargado e
quem perder tem a obrigação de discutir a hipótese de participar nele”. Isto,
claro, no cenário de se tratar de um bom conselheiro.
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