Quando sabemos andar de bicicleta, não precisamos de rodinhas a auxiliarem - e a evitarem a queda. Aas crianças pequenas precisam de rodinhas. Andar de bicicleta, parecendo fácil, não é: geralmente, quanto mais devagar mais seguro. Numa bicicleta, demasiado devagar e desequibramo-nos.
As rodinhas podem ser entendidas como auxiliares excessivos. Às crianças dão a sensação de que se estão a conseguir equilibrar, quando na verdade estão a ser amparadas. A um adulto, dão a sensação de que está a chegar sozinho à conclusão certa, quando está a ser levado ao colo.
Aqui e aqui, exemplos de rodinhas com o som dos filmes: de como modificam e explicam a cena. E de como essa «explicação é, de facto, um modificador com um efeito manipulador.
Os textos usam vários elementos para nos ajudar a lê-los. Podem ir do muito subtil ao demasiado explícito. Repito: todos os textos dão pistas de como desejam ser lidos, só que uns murmuram e outros berram.
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