Saudações queridos colegas!
Como (alguns de vocês) sabem, eu não partilho as disciplinas de Edição Informática e Edição Eletrónica convosco. Em vez dessas, eu estou a fazer a disciplina de Ficção Breve. Ora, à semelhança das minhas disciplinas de Creative Writing na licenciatura, tive de escrever um texto - uma 'short story' digamos - para em aula ser comentada por um dos meus colegas. Fiquei bastante contente com a discussão que o texto gerou em aula, e foi óptimo receber feedback para saber como posso aprimorar e ajudar o texto a ir mais além.
Gostaria de partilhar o texto com vocês também. Seria magnífico ter algum feedback da vossa parte, aspirantes a editores! Críticas construtivas são mais que bem vindas! Este foi o texto maior - tem 4 páginas - que escrevi em português nos últimos 6/7 anos. Escrevê-lo foi como reaprender a tocar um instrumento musical, e digo instrumento musical porque a nossa língua tem uma musicalidade que o inglês não partilha. O inglês tem a sua plasticidade, e o português uma musicalidade especial.
Uma última nota sobre o texto: O objectivo era utilizar o conceito de 'estranhamento' (defamiliarization) presente nas teorias de formalistas russos como Viktor Shklovsky. Enquanto duas colegas incorporaram o estranhamento enquanto conteúdo, eu tentei aplicá-lo na forma. Ou seja, peguei numa situação que me é mais ou menos familiar e tentei expô-la de uma forma que não me é orgânica. A minha escrita costuma ser mais despida de tantos floreados mas neste caso acho que fez algum sentido. Dito isto, também considero que este texto pertence ao ramo da autoficção, sendo que muito raramente (a não ser poemas) escrevo com base nas minhas vivências, mas neste caso achei que utilizar o estranhamento para trabalhar esta situação mais ou menos familiar poderia ser interessante.
E pronto é isto. Tenham um excelente fim de semana e muito obrigada desde já!
Margarida B.
https://www.dropbox.com/s/y0b3wpm0owq1v79/Fic%C3%A7%C3%A3o%20Breve_Margarida%20Bastos_Quid%20Pro%20Quo.pdf?dl=0
Olá, Margarida. Obrigado pela tua partilha! Gostei de ler :) O teu conto é eficaz e pinta um quadro cristalino. Não se nota nada o teu "superstrato" inglês mas nota-se que sabes criar tensão e relação. Na minha opinião, este (como todos os textos) pode ser melhorado. Eu tenho sugestões para ti, talvez não concordes com elas, eu não tenho autoridade para as fazer. Passam apenas por simplificações aqui e acolá e alguma uniformização da linguagem. Se quiseres, depois aponto-tas. Até breve,
ResponderEliminarNuno V