Sei que estão cansados, mas os exercícios devem ser diários, até que a técnica adquirida se torne uma segunda natureza. Isto, naturalmente, se queremos a excelência numa área: a história d'A Princesa & a Ervilha implica duas coisas: a) que ela sinta a ervilha mesmo debaixo de uma quantidade de colchões; b) que ela goste de ter essa hiper-sensibilidade.
Próxima aula, a segunda Masterclass com: Sofia Madalena Escourido, editora no grupo Leya.
1. O exercício do livro infantil tem muitas vitaminas. Mas só fazendo-o nos daremos conta disso. Ficou combinado que, dentro de duas semanas, fareis uma apresentação com imagem.
2. Exercício em aula: a carta do João. Um texto sublinha sempre emissor, mensagem ou receptor. A carta do João centrava-se excessivamente (acho, é apenas a minha opinião informada, não voz divina ou científica) no emissor. Aprendemos muito, creio, com aquele «Olá» e a exclamação final, mais o «Sem mais para acrescentar, vou ficar aqui a falar durante mais 30 linhas».
(A minha percepção é que foi um trabalho bastante interessante. Mas, lá diz o provérbio guineense, quem sabe se a sopa está boa não é quem a faz, é quem a come.)
3. Por falar em sopa: imaginem a mesma sopa servida numa malga bonita ou numa malga suja, cheia de dedadas por fora e cabelos por dentro, talvez até uma ou outra mosquita. Fica agora claro o insuportável que, para quem saiba ler, é um texto cheio de redundâncias, frases mal construídas, vírgulas anárquicas, ninharias várias a olho nu?
4. Por falar em provérbios, gosto muito do «Até ao lavar das cestas é vindima» e do que está no epílogo de Como fazer uma tese de Umberto Eco (1977): «Vorrei concludere con due osservazioni: fare una tesi significa divertirsi e la tesi è come il maiale, non se ne butta via niente. (...) L’importante è fare le cose con gusto.»
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